Visão Geral

A região do Tapajós é considerada a maior província mineral produtora de ouro do Brasil e uma das maiores e mais expressivas províncias minerais do mundo.

Cobrindo uma área de 90.000km2no Sudoeste Paraense, a Província Mineral do Tapajós (PMT) teve suas primeiras ocorrências de ouro noticiadas na década de 1740, ainda no Brasil Colônia. A produção de ouro foi iniciada na região na década de 1950, com atividades garimpeiras, que existem até hoje. Com o uso de técnicas rudimentares, foram extraídos, somente entre os anos 2005 a 2007 quase 6 toneladas de ouro (Mendo, 2009 – Relatório Técnico 28 – Perfil do Ouro).  

A exploração de ouro, nos últimos cinquenta anos, foi realizada intensamente em aluviões, elúvios e colúvios por meios rudimentares em garimpos.

Mais recentemente, ocorrências primárias próximas às secundárias passaram a ser mapeadas utilizando-se dados indiretos e de mapeamento geológico. Dados anteriores à crise econômica que afetou o setor mineral brasileiro no final de 2008 indicavam que cerca de 40.000 garimpeiros exerciam a função e aproximadamente doze companhias estavam ativas explorando a província. Já a produção total de ouro desde 1958 foi estimada em mais de 500 toneladas (Rodrigues et al., 2008), mas pode compreender um número maior (aprox. 30Moz), em função da exploração não fiscalizada deste metal.

As mineralizações auríferas estão associadas, principalmente, a zonas de cisalhamento e intrusões graníticas, havendo associações freqüentes com diques máficos e de andesitos, além de depósitos classificados como do tipo epitermal e supergênicos.

A partir da década de 1990, a região do Tapajós passou a ser alvo de trabalhos geológicos sistemáticos, tanto de mapeamentos básicos, realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), como também de exploração mineral por diversas empresas de mineração, tais como a Serabi Gold (Minas do Palito e São Chico), Cabral Gold (Projetos Cuiu-Cuiu e União), Eldorado Gold (Projeto Tocantinzinho adquirido por US$ 120 milhões da Brazauro Resources), Belo Sun e Brazilian Gold (Mineração São Jorge).

Atualmente, a província possui 4 minas em operação, alguns projetos em fase de requerimento de lavra e inúmeros projetos em desenvolvimento. Com a chegada de grandes e tradicionais empresas mineradoras de ouro como a Eldorado, Barrick, Kinross e mais recentemente a Anglo American ( com 284 blocos que cobrem quase 2 milhões de hectares no norte do Mato Grosso e sul do Pará, com foco em cobre) e também dezenas de junior companies como a Octa Mineração, Brazauro, Brazilian Gold, Majestic, Placer Dome, Ouro Roxo, Cabral Gold, Altamira Gold, vários depósitos de ouro primário foram descobertos e as reservas recentes ultrapassam 10 Moz de ouro.

Áreas de Relevante Interesse Mineral (ARIM) e a Província Mineral do Tapajós (PMT).

Os 5 Projetos da Goldmen estão inseridos dentro do contexto de alta a moderada favorabilidade para ouro com ocorrências de ouro primário e secundário em áreas recomendadas para pesquisa, em três amplos estudos regionais realizados pelo CPRM (2001, 2008 e 2015), denominados respectivamente, "Geologia e Recursos Minerais da Província Mineral do Tapajós", "Província Mineral do Tapajós: Geologia, Metalogenia e Mapa Previsional para Ouro em SIG" e "ARIM - Áreas de Relevante Interesse Mineral". 

Estes estudos foram encomendados pelo Governo Brasileiro para indicar as melhores áreas para Pesquisa Mineral e com isso diminuir o risco para os investidores, como parte do PAC2 (Programa de Aceleração do Crescimento). O objetivo era leiloar as áreas/blocos com maior potencial geológico, como é feito com o Petróleo, entretanto as alterações na legislação não foram aprovadas pelo Congresso e o estudo, que já havia sido encomendado, entrou em domínio público. Uma oportunidade única, na qual a Goldmen conseguiu algumas das principais áreas indicadas nestes estudos. 

Na análise de favorabilidade do CPRM, aplicou-se um teste de validação comparando o mapa previsional com ocorrências de ouro primário não utilizadas na modelagem e o resultado obtido foi de 75% de acerto. 

Os pontos de favorabilidade demonstrados nos estudos estão sendo confirmados por diversas empresas que vem pesquisando a região, como a Cabral Gold, Serabi Gold, Eldorado Gold, Ouro Roxo Mineração, dentre outras que estão obtendo resultados expressivos em grandes descobertas que confirmam precisamente algumas das regiões recomendadas pelo estudo. 

Os projetos Chico Torres, Seta de Ouro, Raimunda, Cantagalo, Creporizão estão localizados em áreas próximas a garimpos ativos em mineralizações primárias e alguns são adjacentes a projetos com recursos já comprovados e em operação.

Arquivos:

1 - PROMIN Tapajós - Província Mineral do Tapajós: Geologia, Metalogienia e Mapa Previsional para Ouro em SIG  - Estudo realizado pelo CPRM - Serviço Geológico do Brasil - 2008

2 - Mapa Previsional para Ouro - Mapa desenvolvido pelo PROMIN Tapajós, mostrando as áreas com favorabilidade para ouro - 2008

3 - Mapa Geológico Folha SB21 - Mapa desenvolvido pelo CPRM - Serviço Geológico do Brasil - 2004

4 - Tapajós - Geo. e Rec. Naturais - estudo desenvolvido pelo CPRM - Serviço Geológico do Brasil - 2001

5 - Mapa de Jazimentos Auríferos - estudo desenvolvido pelo CPRM - Serviço Geológico do Brasil - 1999

6 - Mapa de Ind. de Prosp. Deman. - estudo desenvolvido pelo CPRM - Serviço Geológico do Brasil - 1999